sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Poema VII - Ai frio que tanto me aborreces

Ai frio que tanto me aborreces
(Poema da autoria do Mensageiro da Vidigueira)


Desprovido das minhas saudosas calorias,
Aconselha-me este retumbante país da austeridade,
A não desperdiçar as minhas moedas na gastronomia da ostenticidade,
Enquanto não se evidenciarem as mais ambicionadas melhorias!


Sem energias quentes, enfrentamos todos este gelo,
Nem as lareiras e aquecedores
Disfarçam o flagelo
Que coloca em causa os nossos bons humores!


Como é tão agradável estar na caminha,
Dormir debaixo de espessos cobertores
E exercer o estatuto de um dos maiores sonhadores,
Sendo ainda resguardado pela minha casinha!


Ai frio! Que vieste para ficar!
O Inverno disse-te para nos incomodares
E tu, obediente, vais acentuar as disparidades
Que ricos e pobres conhecem, para te enfrentar!


Espero pela Primavera Pacificadora,
Amiga fiel dos homens e animais,
Verdejante e Conciliadora,
Que conforta os simples mortais!


Até lá, não nos podemos engripar,
As consultas custam os seus dinheiros,
E neste país, temos que continuar a trabalhar!
Senão lá se vão ao ar muitos mealheiros!!!




Imagem nº 1 - O Inverno está mesmo aí à porta...

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