quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Poema XI - Vidigueira, aquela menina formosa


Vidigueira, aquela menina formosa
(Poema da autoria do Mensageiro da Vidigueira)


Vagueava pelos campos,
Quando encontrei uma menina singular,
Chamava-se Vidigueira, 
Que, dos seus olhares, irradiava luzes de pirilampos!


Muitos a ambicionavam desmedidamente,
Ela era uma conceituada dama,
Que encantara, no passado, qualquer Gama
Que a acarinhara incondicionalmente.


A Vidigueira gosta muito de beber
E trabalha arduamente para produzir bom vinho,
Este conhecido até à região da Minho,
Onde lhe dão graças de tão singela senhora conhecer.


Cuida carinhosamente dos pomares,
E ainda zela pelos seus fornos,
Adquire ainda os seus belos adornos,
E apresenta os seus inesquecíveis colares.


Amiga Fiel dos seus visitantes,
Ela reivindica indubitavelmente
Os momentos mais emocionantes
Que assistimos afavelmente.


Ela acolhe-nos de braços estendidos,
Ora sejamos mais perspicazes
Ou mais incompreendidos,
Postulando uma sabedoria e actividade eficazes.


Os seus olhos são verdinhos,
Influência milagrosa da sua cúmplice Paisagem
Da qual conhece todos os cantinhos
E onde todos lhe querem prestar vassalagem.


Altiva, e de cabelos alourados,
Assim determinou o Sol agora seguidor
Da sua fisionomia e olhares incrivelmente traçados
Desta sua filha amada que repudia toda a dor.


Ai! Ai! Que eu estou apaixonado!
Pela jovem Vidigueira,
Que declama poesia verdadeira
E me deixa totalmente inspirado!


Peço-a em casamento?
Enveredo apenas por uma união de facto?
Mas ela recorda-me que agora tem um pacto
De não deixar qualquer habitante ciumento!


O Meu Coração ficou eternamente despedaçado!
Ela declinou a minha proposta,
Eu que até me tinha ajoelhado,
E que levara com uma negativa resposta!




Imagem nº 1 - A Vidigueira personificada.

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