sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A Casa do Arco e as suas diversas funcionalidades ao longo dos tempos


A sua fundação ocorreu em data incerta. De acordo com os depoimentos de Luís Rosa, natural de Vila de Frades, este edifício, de elevadas dimensões, terá servido inicialmente de estabelecimento prisional masculino. O gradeamento presente nas janelas do piso inferior atesta esta realidade
Até meados do século XIX, o espaço terá sido utilizado por uma abastada família alentejana, conhecida pelo nome de Souto Maior.
Num curto período, compreendido entre 1935-1937, terá funcionado aqui uma delegação da Mocidade Portuguesa. Posteriormente, todo este edifício será arrendado à Direcção da Sociedade dos Altos, lugar de convívio das gentes mais humildes, contrastando com a vizinha Sociedade dos Ricos, também localizada no largo mas que não permitia a entrada do povo miúdo.
Actualmente, a Casa do Arco conhece novas e modernizadas funcionalidades, visto que acolhe o espólio arqueológico resultante das escavações realizadas nas Ruínas Romanas de São Cucufate, durante as últimas décadas. Podemos aí encontrar materiais antigos utilizados na lavoura, objectos de adorno, artefactos de cerâmica, moedas romanas…
Por vezes, realizam-se ainda exposições, com cariz rotativo ou temporário, que abordam diversas temáticas. Neste momento, aconselhamos os nossos leitores a visitarem os belíssimos quadros de Manuel de Carvalho sobre o Itinerário Cultural da Vinha de São Cucufate que estarão na Casa do Arco até 31 de Agosto de 2013. Para além disso, está a ser construído nas suas traseiras, um novo centro de leituras, algo que favorecerá em muito os interesses da comunidade vilafradense que terá assim hipótese de aceder à informação/cultura pela via manual (livros, revistas e quiçá jornais) ou electrónica (talvez o edifício seja dotado com computadores ligados à Internet).
Por fim, confesso que tenho uma pergunta para você, meu estimado leitor, - quando é que vem visitar este núcleo museológico? As entradas são gratuitas... e a sabedoria, aí concentrada, imensa! Para além disso, pode solicitar aos funcionários uma visita livre à Capela de São Brás, datada do século XVII e repleta de inúmeros frescos divinais!


Referência consultada - Depoimento de Luís Rosa in Casa do Arco.




Imagem nº 1- O Depoimento Esclarecedor de Luís Rosa que pode ser visível logo à entrada na Casa do Arco.
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 2 - Não se enganem! Este é o largo onde está situada a Casa do Arco (Vila de Frades).
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 3 - Uma perspectiva sobre o mesmo Largo! Veja-se uma nuvem a coroar o espaço!
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 4 - Meia hora depois: A nuvem começa a dissipar-se ("desmembramento") e reparem que o movimento na rua já começa a aumentar. É altura de parar de trabalhar e satisfazer um pouco o paladar com uma boa refeição.
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 5 - As traseiras da Casa do Arco já fazem parte da belíssima Praça 25 de Abril. Encontramos aqui referência à comemoração dos 500 anos da atribuição do Segundo Foral a Vila de Frades.
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 6 - No segundo piso do núcleo museológico, encontramos maioritariamente material do período romano (encontrado em S. Cucufate). Como exemplo, temos esta louça de cozinha.
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 7 - Uma ânfora, onde os nossos amigos romanos armazenavam o vinho. Como eu digo, eles já sabiam o que era bom!
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 8 - Objectos religiosos e utensílios adoptados posteriormente pelos monges medievais que instalaram o seu Convento Beneditino em São Cucufate.
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira



Imagem nº 9 - A esbelta Praça 25 de Abril, vista a partir do Segundo Piso da Casa do Arco.
Foto da autoria do Mensageiro da Vidigueira

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