quinta-feira, 31 de outubro de 2013

V Poema


Poema V - A Paisagem Vilafradense
(Autor: O Mensageiro da Vidigueira)


Na Praça 25 de Abril, brilham as laranjeiras,
Ao centro, o chafariz, e em redor, um convidativo jardim,
Propiciando assim conversas lisonjeiras 
Nesta localidade que acolhe bastante frenesim!


A Noroeste, destaca-se, numa pequena colina, a Ermida de Nossa Sra. de Guadalupe,
Com um altar vivo, caracterizado por algumas pinturas!
Apesar da verdura em seu redor, o templo está inteiramente degradado
E carente de restaurações futuras!


A Sudeste, está sempre a esbelta Ermida de Santo António dos Açores,
Assinalando a sua supremacia estética no cimo dum outeiro,
Não deixando indiferente qualquer viandeiro,
Desejoso de vislumbrar tais momentos acolhedores!


As vinhas embelezam também os olhos humanos,
E conferem mais cor à freguesia!
Famosas desde o tempo dos romanos,
Hoje, estão no epicentro de qualquer romaria!


Vila de Frades é uma terra limpa,
 Digna de receber visitas de altas dignidades,
Desde que estas não comprometam as nossas felicidades,
Pois aqui recebemos todos bem, sempre em nome das demais liberdades!




Imagem nº 1 - A Paisagem Encantadora de Vila de Frades.
Retirada da Página Oficial de Vila de Frades - Capital do Vinho de Talha

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Direcção Regional da Cultura do Alentejo investe na melhoria das condições de atendimento em São Cucufate e na Casa do Arco


O organismo da Cultura investiu um montante considerável nas melhorias das condições de atendimento em ambos os espaços. Nas Ruínas Romanas de São Cucufate, foram vedados, com o recurso a redes, os acessos das aves ao interior do templo beneditino. Substituíram-se aí ainda alguns vidros que estavam danificados, limparam-se os passadiços e resolveram-se casos de infiltração. Na Casa do Arco, assegurou-se a limpeza do telhado e irá proceder-se à substituição da porta principal bem como à remodelação da zona de entrada do Museu.
Obras que são necessárias para criar melhores condições aos inúmeros visitantes que desejam conhecer o Monumento Nacional da Villa Romana de São Cucufate e o seu Núcleo Museológico, ambos sitos na Freguesia de Vila de Frades.




Imagem nº 1 - A villa romana de São Cucufate e o núcleo museológico da Casa do Arco vão sofrer claras melhorias com as intervenções promovidas pela Direcção Regional da Cultura do Alentejo.

A Lenda da Pastorinha e o Pão da Vidigueira

A Lenda da Pastorinha!

Reinando neste reino o Sereníssimo Rei D. Afonso V, em torno da vila de Vidigueira havia uma povoação pequena, em que ainda hoje há dois moradores e se chama ao monte dos Alfaiates; vivia nela um lavrador, por nome Pedro Afonso, casado com Margarida Fernandes, e tinham uma filha chamada Maria, que o seu exercício era guardar o gado. Em uma manhã de muito frio lhe disse a mãe que fosse conduzir para o sítio conveniente, ao que ela não duvidou; mas pediu lhe desse pão para almoçar, e como o não tivesse e estivesse para amassar, a persuadiu se fosse, e quando voltasse lho daria. Obedeceu a filha, e pastorando o gado até chegar àquela várzea, se assentou debaixo de um zambujeiro; mas como a fome a apertasse, se pôs a derramar muitas lágrimas e a repetir soluços entre os quais teve a fortuna de ouvir uma voz, que lhe perguntou porque chorava; ao eco levantou os olhos e viu sobre o zambujeiro uma senhora cercada de luzes celestiais, que lhe tornou a inquirir qual era a causa da sua aflição, ao que satisfez, referindo o que lhe tinha sucedido com a sua mãe.
A Virgem Senhora Nossa, que em sua imagem lhe apareceu e fez aquela pergunta, depois de a ouvir, lhe mandou fosse a casa, porque ela lhe teria cuidado do gado até que voltasse, e que pedisse outra vez pão a sua mãe, e que se ela lhe respondesse ainda não o tinha, lhe dissesse fosse ver a arca, que se o não achasse, ela tornaria para o gado contente sem ele. Foi a venturosa menina para casa, e pedindo pão à mãe, lhe respondeu esta que ainda não o tinha amassado; suplicou a filha com a instância que a Senhora lhe tinha dito, o que ouvindo a mãe, a levou dentro à casa em que estava a arca para a desenganar, como quem tinha certeza de que não havia nela pão; e abrindo-a para que a filha visse era verdade o que lhe dizia, ficou admirada de a ver cheia, quando sabia que nela não havia nenhum, e inquirindo a menina quem lhe dissera que na arca havia pão, lhe referiu o que lhe tinha sucedido; e inferindo do que ouvia contar a filha que naquele sucesso havia prodígio grande, deu logo parte ao marido e aos poucos vizinhos que ali moravam, e todos assentaram que fossem ver quem tinha falado à menina para que lhe disseram os guiasse ao lugar, e chegando a ele, apontando com o dedo, lhes mostrou a Senhora em cima do zambujeiro, dizendo para a mãe, aquela é a Senhora que me disse tínheis pão e que me mandou vo-lo fosse pedir, porque ela entretanto me guardaria o gado.
Todos os que vieram a examinar o que a menina referia tiveram a fortuna de ver a Senhora muito resplandecente, e admirados do prodígio, se prostraram todos por terra, e ficando uns reverenciando aquele prodígio celeste, mandaram outros participar esta noticia à povoação mais próxima, a qual então era muito limitada e agora é a vila da Vidigueira.
No mesmo dia foram ao monte dos Alfaiates a ver o prodígio do pão, e depondo todos os da casa que nela não havia, o tiveram por milagroso, e repartindo parte dele pelos que se acharam presentes, ficou ainda para os que depois vieram, e todos o estimaram como relíquia.


(Excerto retirado do Museu Municipal, Página - o Pão da Vidigueira - Facebook)



Azulejo que recorda o pretenso Milagre.


O pão da Vidigueira é deveras excepcional e saboroso. Feito para alimentar o seu povo e os demais visitantes, assume particular importância na evolução deste Condado dos Gamas e mais tarde, Município.
Associado a este produto, base da alimentação, temos então a lenda da Pastorinha, o que reforça mais a importância em torno do mesmo. A rapariga estava, de facto, rendida ao bom pão que nesta terra se fazia! Mas Nossa Senhora reparou no seu desespero, e veio em seu auxílio, segundo nos narra a lenda.
Como são 15 horas, e já me fazem horas na barriga, vou então provar este delicioso produto da nossa gastronomia. 
Uma boa terça-feira para todos os meus estimados leitores!

domingo, 27 de outubro de 2013

As origens toponímicas de Selmes e Pedrógão (freguesias do Concelho da Vidigueira)

Selmes localiza-se a 8 Km da Vidigueira. É a freguesia com maior extensão no Concelho, albergando ainda Alcaria da Serra. Em 2011, contava com 894 habitantes, segundo o Instituto Nacional de Estatística. A sua história também é merecedora do nosso respeito. 
A villa romana do Monte da Cegonha (remonta ao primeiro quartel do século I d.C., terá sofrido um incêndio e por isso, foi posteriormente reabilitada; no século IV, o seu dono, convertido ao Cristianismo, ordenou a construção duma basílica; entre os séculos X-XII foi ocupada pelos muçulmanos), a ponte antiga do século XVI (apelidada popularmente de romana), a Igreja Matriz de Santa Catarina (século XVIII), as 6 Estações Sacra (séculos XVII-XVIII) utilizadas nas Procissões da Semana Santa, e a sua tradicional produção agrícola assente no trigo, cevada, aveia e centeio, constituem o seu legado histórico.
Esta localidade acolheu a presença de comunidades romanas, islâmicas, medievais, modernas e contemporâneas. Foi durante o domínio muçulmano que terá surgido a designação desta terra. O nome Selmes advém duma corruptela do termo arábe Salem que significa salvo, livre e isento. 
Seria pois uma terra de paz e harmonia em tempos mais recuados.
Por seu turno, Alcaria da Serra deriva do nome do povoado primitivo que era designado de - Herdade de Caria.



Imagem nº 1 - A ponte "romana" de Selmes remonta ao século XVI, no período de transição entre as Épocas Medieval e Moderna.
Foto: SIPA



Por seu turno, Pedrógão é uma freguesia que se localiza na margem do Rio Guadiana, e que contava com 1151 habitantes em 2011 (INE). Alberga ainda a aldeia de Marmelar. 
Em termos de estruturas históricas, detém: 2 dólmens na  Herdade de Corte Serrão (remontam ao período do Eneolítico), o povoado de São Lourenço (Calcolítico), um habitat romano no Monte do Peso, a Igreja Matriz de Pedrógão - São Pedro (século XVII) a Igreja de Santa Brígida de Marmelar (erguida no início do século XVI no reinado de D. Manuel I)
Em suma, as raízes da ocupação humana neste lugar remontam à Pré-História! Talvez a proximidade com o Rio Guadiana tivesse tornado apetecível a fixação destas comunidades tão primitivas.
Sobre as origens toponímicas, não conseguimos ainda encontrar nenhuma posição oficial de qualquer autor em relação a este assunto. Apesar de não possuir dados, posso tentar lançar uma teoria, a qual poderão ou não aceitar.
De acordo com a Infopédia, o termo Pedrógão deriva em si do topónimo latino Petroganum, talvez de origem céltica, com o significado de 'rocha esbranquiçada'. A existência de rochedos, nomeadamente junto ao Guadiana, podem fazer com que esta definição nominal se ajuste à problemática da origem toponímica desta aldeia. Pedrógão possui ainda granito em proporções relevantes!
Sobre a origem do topónimo Marmelar, não vou arriscar, pois não encontrei nada sobre as suas origens que sustentasse uma teoria da minha parte. Contudo, o nome poderá (ou não!) estar, de algum modo, com a presença da Ordem do Hospital (que prestava ora acções de carácter belicista - por exemplo na Cruzada contra os turcos, ou assistencial - apoio aos peregrinos cristãos adoentados). De acordo com uma portaria de 2012 (citada em baixo), a Igreja de Santa Brígida, outrora padroeira do antigo concelho de Marmelar, possui diversos vestígios que apontam para uma construção por parte dos cavaleiros hospitalários portugueses.
Coincidência ou não, um dos mais importantes templos hospitalários construídos em Portugal, chama-se mesmo Igreja Vera Cruz de Marmelar, situa-se no concelho vizinho de Portel, mais concretamente na Freguesia de Vera Cruz (este povoado antigamente se chamava Marmelar), foi fundada em 1268 com o patrocínio de João de Aboim e foi entregue a Afonso Peres Farinha (cavaleiro e prior prestigiado da Ordem do Hospital, tendo estado supostamente a combater pela fé cristã  na Terra Santa, onde terá trazido a relíquia de Vera Cruz para o templo em questão).
Por isso, o nome de Marmelar parece-me associado a esta Ordem Militar que obviamente chegou a deter poder e territórios, ergueu castelos e templos notáveis, e manteve uma considerável influência nos assuntos do reino português!




Imagem nº 2 - Estas rochas podem estar na origem do nome de Pedrógão que desde sempre gerou condições propícias para a instalação de comunidades primitivas.



Referências: http://terrasdeportugal.wikidot.com/selmes, (27-10-2013), http://eb1-selmes.edu.pt/terra.htm, (27-10-2013), http://www.cm-vidigueira.pt/descobrir/rpatrimonio, (27-10-2013), www.monumentos.pt, (27-10-2013), www.igespar.pt (27-10-2013); Pedrógão In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consultado em 2013-10-27]. Definição disponível em: www: <URL: http://www.infopedia.pt/toponimia/Pedr%C3%B3g%C3%A3o>; http://digestoconvidados.dre.pt/digesto//pdf/LEX/213/306037.PDF, (27-10-2013);http://digitarq.adevr.dgarq.gov.pt/details?id=996698, (27-10-2013).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A origem toponímica da Vidigueira


A palavra Vidigueira deriva, aliás, da palavra latina vidigeria ou videira, o que explica a forte relação que esta terra tem, desde a Antiguidade, com a cultura da vinha.




Tal como no caso de Vila de Frades, não nos é difícil determinar a origem toponímica da Vidigueira. De facto, o nome também não deixa margem para quaisquer dúvidas. A antiga vila dos Gamas desde sempre teve uma relação estreita com a cultura da vinha, aproveitando assim as potencialidades específicas do clima e solo para os seus terrenos férteis.
A fama, pois, não é de agora. 
Eu já provei e gostei do vinho da Vidigueira. É um dos melhores a nível nacional. O prestígio é atestado pelas inúmeras vendas registadas pelas nossas ilustres adegas.
Será que  até o próprio Vasco da Gama e demais Condes da Vidigueira não se renderam ao vinho desta região? 
A Vidigueira é ainda a Cidade Portuguesa do Vinho de 2013, enquanto a Freguesia de Vila de Frades ostenta o estatuto de Capital do Vinho da Talha!
Por isso, se visitar esta região, até parece pecado não provar esta delícia da nossa gastronomia, mas também é bom que não exagere, porque eles andam por aí!!!




Imagem nº 1 - A Vidigueira é actualmente a Cidade do Vinho. Venham visitá-la e atestar as qualidades gastronómicas desta terra alentejana!




Imagem nº 2 - Há-que saborear, sem cair em excessos, uma boa garrafa de vinho da Vila dos Gamas.


Nota - Nos próximos dias 9 e 10 de Novembro, teremos os dias europeus do Enoturismo - Vidigueira. No Sábado (dia 9) teremos um Workshop de iniciação à prova de vinhos na Sociedade Recreativa de Vila de Frades. No dia 10, a partir das 15 horas, teremos conversas em torno do Vinho e uma visita às estruturas agrícolas no Sítio Arqueológico de São Cucufate (Vila de Frades). Por isso, contamos com a sua presença!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A origem toponímica de Vila de Frades

Neste texto, procuraremos conhecer a origem do nome da freguesia de Vila de Frades. Felizmente, não é um caso tremendamente difícil de abordar, pois a designação está directamente relacionada com a sua rica história.
Na Idade Média, a localidade teve senhores eclesiásticos que dirigiram as questões inerentes à organização e povoamento deste território. Foram eles que exploraram as potencialidades deste lugar!
Hoje, debate-se se o início desse domínio clerical já remontaria ao período visigótico, mais concretamente ao século VI, onde alegadamente existiria um prior que se proclamava como o abade dos abades, em jeito de afirmação do seu poder e influência. Todavia, não há provas seguras que confirmem a existência anterior dum templo na Alta Idade Média em São Cucufate, mas apenas suspeitas!
O que é certo é que, em meados do século XIII, mais concretamente em 1255, o Mosteiro de São Vicente de Fora (Lisboa), na sequência duma doação do rei D. Afonso III em parceria com a Diocese de Évora, instala um novo espaço de culto em São Cucufate, mais concretamente numa parte específica da antiga vila romana que estaria talvez abandonada naquela data. Os frades que aí iniciam a sua devoção religiosa, são os primeiros senhores da terra, e outorgam mesmo o primeiro foral à vila, embora este documento se tenha perdido com o avanço dos tempos. Não nos podemos esquecer que o Clero, tal como a Nobreza, era uma classe privilegiada e conhecia consequentemente um poder bastante considerável nestes tempos mais recuados. 
Para além destes frades que criaram um Mosteiro Beneditino dedicado a São Cucufate (mártir sacrificado pelos romanos na Catalunha), é necessário referir que, a partir de 1545, é construído, na vila, o Convento de Nossa Senhora da Assunção por Francisco da Gama, filho primogénito de Vasco da Gama e 2º Conde da Vidigueira. Os frades capuchos também professariam assim nesta localidade. 
Em suma, há uma tradição religiosa bastante forte em Vila de Frades, isto já para não falar dos maravilhosos templos religiosos que contêm uma história relevante (Capela-Ermida de Santo António dos Açores, Capela de São Brás, Igreja Matriz de Vila de Frades, Igreja da Misericórdia, Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe...).
Os frades foram os primeiros senhores que promoveram uma evolução demográfica e económica contínua nesta vila. Por isso, a origem toponímica desta localidade não nos oferece grandes dúvidas.




Imagem nº 1 - Vila de Frades tem uma tradição religiosa bastante importante.


Descrição do Brasão:

Escudo de prata, com uma videira de verde, arrancada e folhada do mesmo e frutada de púrpura; em ponto de honra o emblema antigo dos beneditinos, de vermelho; em chefe três laranjas de sua cor, folhadas de verde e nos flancos duas espigas de trigo, com os pés passados em aspa, em campanha. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas. 
Leia-se Heraldry of the World - ver link em cima




Imagem nº 2 - Os frades promoveram o crescimento económico, demográfico e religioso da localidade. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Vídeos para a História da XV Concentração Motard na Vidigueira

Os vídeos que se seguem são da autoria de Tiago Reis e estão presentes no Youtube, merecendo a visualização de mais de 2 000 pessoas (isto no somatório de ambas as gravações retratadas). Tais trechos estão disponíveis desde o dia 1 de Setembro, isto é, foram colocados há cerca de 1 mês e meio atrás. 
Conforme referi, este evento trouxe mais pessoas e visibilidade à Vidigueira, que tem também fama no Sector Motard.
Também eu gostaria de ter uma moto para comandar, mas como sou um pouco tosco a conduzir, aconselharam-me a não tirar essa habilitação.
De qualquer das formas, milhares de pessoas compareceram nos dias inerentes a este evento (isto é, finais de Agosto).
Os vídeos espelham o sucesso indiscutível.



Vídeo nº 1 - As piscinas municipais encheram-se de gentes!
Retirado do Youtube, autoria Tiago Reis


Por fim, deixem-me destacar os desfiles das tochas no dia 31 de Agosto, acto gravado pelo mesmo autor:



Vídeo nº 2 - O desfile das Tochas na Vidigueira.
Retirado do Youtube, autoria de Tiago Reis

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sondagem e Feitos Estatísticos do Blog

Qual é a vossa opinião inicial sobre o nosso blog?


a) Gosto muito e deve continuar com os seus textos.
  30 (93%)
 
b) Está satisfatório, mas é útil para promover a região.
  1 (3%)
 
c) Não aprecio e creio que está a perder o seu tempo
  1 (3%)
 

Votos apurados: 32
Sondagem fechada 



Creio que não há muito mais a acrescentar. Parece-nos que este blog está a crescer e a demonstrar o seu valor no seio da Sociedade Vidigueirense.
O Mensageiro da Vidigueira, esse ser lendário que ninguém conhece verdadeiramente, continuará a vaguear por aí, semeando a sua inspiração e cultivando o conhecimento.
Procuramos divulgar as virtudes deste concelho pelo país e estrangeiro (ao lado, disponibilizamos uma ferramenta de traduções automáticas, consoante a língua desejada).
Neste preciso momento (Quinta Feira, 11:35), temos 2353 visitas, o que atesta o nosso esforço e empenho em prol da Vidigueira e de Vila de Frades.
Os nossos visitantes vêm dos quatro cantos do Mundo, embora a maior parte esmagadora dos leitores nos consulte a partir de Portugal.
Os dados que se seguem foram fornecidos pela Google/Blogger:



Imagem nº 1 - De Portugal, País da Austeridade, tivemos 1764 visitas!
Retirada de: http://local.pt/portugal-desce-2-posicoes-no-indice-do-desenvolvimento-humano/



Imagem nº 2 - Dos Estados Unidos, Nação que comanda o Mundo, obtivemos 236 visitas. Será que também nos vêem a partir da Casa Branca? Talvez, o Obama já conheça a nossa Vidigueira. eh eh eh
Retirada de: http://docedezoito.com/cultura/melhores-paises-para-fazer-intercambio/



Imagem nº 3 - A partir da Rússia, liderada por Vladimir Putin, temos 49 visualizações.



Imagem nº 4 - Da Alemanha, da dominante Angela Merkel, seguem-se 39 visitas.



Imagem nº 5 - Na Indonésia, temos surpreendentemente 35 visitas. É uma marca interessante.




Imagem nº 6 - Na Ucrânia, o Mensageiro da Vidigueira também é conhecido. Conta já com 29 visitas.
Retirada de: http://www.infoescola.com/europa/ucrania/




Imagem nº 7 - Também algumas pessoas que vivem no País mais rico do Mundo gostam do Mensageiro da Vidigueira. 22 visitas a partir da Suiça!
Retirada de: http://www.profblog.org/2011/03/10-factos-sobre-educacao-na-suica.html




Imagem nº 8 - O Mensageiro também é um amante da Liberdade e, por isso, conseguiu ter 19 visualizações a partir da França.
Retirada de: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/franca.html



Imagem nº 9 - No Reino Unido, há quem tome o chá das cinco à frente do seu portátil, observando as últimas novidades do nosso blog. (17 visitas)
Retirada de: http://wiiclube.uol.com.br/blog/2013/08/02/wii-u-diversos-varejistas-do-reino-unido-demonstram-confianca-na-recuperacao-do-wii-u/87061



Imagem nº 10 - Na Holanda, país das adoráveis laranjas (estas também brilham na Vidigueira), também já clicaram no nosso blog por 17 vezes.
Retirada de: http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=195802


Em suma, este blog é consultado nos quatro cantos do Mundo, feito que deverá orgulhar o povo da Vidigueira!
Assim continuaremos a servir a comunidade, com dedicação, humildade e... sigilo!
Será que vocês suspeitam de quem seja realmente o Mensageiro da Vidigueira? Olhem que as vossas suspeitas podem estar completamente erradas... 
O que é certo é que eu andarei por aí silenciosamente a divulgar os feitos da Vidigueira, sem que ninguém se aperceba da minha presença!




Imagem nº 11 - O Mensageiro da Vidigueira agradece imenso a confiança dos leitores, mantendo a sua discrição e empenho.
Retirada algures da Internet!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Aquiles Estaço, um vidigueirense famoso

 
A VIDA
 
Muito se tem falado em torno de Vasco da Gama, o homem cujo currículo encanta os vidigueirenses que noutros tempos o tiveram como conde. Mas apesar do protagonismo evidente de Vasco da Gama e seus descendentes (daí a designação de Vila dos Gamas) nesta terra, a verdade é que não foram os únicos a ostentar um currículo de grande respeito.
Aquiles EstaçoAquiles Estaço é um erudito que terá mesmo nascido na Vidigueira em 12 de Junho de 1524, sendo filho de Paulo Nunes Estaço (homem que acompanhara Vasco da Gama na sua última viagem à Índia em 1524).
Paulo Nunes queria que o seu filho seguisse a via guerreira, e por isso, deu-lhe mesmo o nome de Aquiles. Todavia, imediatamente verificou que este tinha grande aptência para o conhecimento linguístico e por isso, considerou que deveria seguir os estudos nos centros culturais da época.
Aquiles Estaço acompanhou as tendências humanistas do seu tempo, estudou nas Universidades de Évora e Coimbra (teve em Portugal grandes professores/mestres nomeadamente André de Resende, João de Barros e Martim Azpilcueta) e ainda se especializou em Teologia na Universidade de Lovaina. Também terá depois prosseguido os seus estudos em Paris. Este vidigueirense culto dominava ainda facilmente o latim, o grego e o hebraico, isto para além da língua mãe - o português.
Reunia pois requisitos para se lançar numa carreira de sonho que culminaria na sua nomeação para Secretário do Papa, talvez já a partir de 1555. É aí que passa a viver em Roma, cidade na qual falecerá em 17 de Setembro de 1581. Tinha vivido 57 anos, o que atestava o facto da Esperança Média de Vida ser mais reduzida nesses tempos.
Durante a sua permanência em solo italiano, destacou-se enquanto comentador de autores clássicos (Cícero, Hórácio ou Catulo - em relação à obra deste último autor, Aquiles Estaço lançou um longo comentário num ensaio que está disponível em 33 bibliotecas italianas, o que constitui um claro recorde para uma obra do século XVI) e traduziu os textos de santos padres gregos (S. Cirilo, Santo Anastásio, S. Gregório Nisseno...) para o latim (língua dominada pela Santa Sé).
Refira-se ainda que este erudito foi protegido pelos Papas Pio IV, Pio V e Gregório XIII. Enquanto esteve ao serviço da Santa Sé, foi ainda convidado pelo Rei D. Sebastião para regressar à Pátria e redigir os feitos honrosos dos portugueses a partir da documentação preservada na Torre do Tombo (Lisboa), contudo tal pedido não seria concretizado com sucesso, dado que Aquiles, embora grato pela proposta, não iria trocar uma terra com excelentes condições de trabalho por uma em que as armas levavam vantagem sobre as letras.
Ao todo, deixou enquanto legado 25 obras impressas e 38 manuscritos. Certamente, fora um homem á frente do seu tempo.
 
 
O Pensamento de Aquiles
 
 
Aquiles Estaço exaltou a memória de seu pai - Paulo Nunes Estaço, reconhecendo os seus feitos militares enquanto combatente e agradecendo-lhe o facto de ter acedido a uma excelente educação, no panorama cultural.
Como já disséramos, seguira o pensamento humanista, tendo dialogado com outros cardeais de nacionalidades distintas que optaram pela mesma perspectiva.
Elaborou diversos poemas religiosos e profanos. Nas temáticas sagradas, centra as suas estrofes na Virgem Maria, em Santo António, Santa Catarina, São Sebastião, São Lourenço...
Na poesia não-religiosa, abordou a precaridade da vida humana, o valor da amizade, dedicou versos aos seus protectores e familiares, cantou as vitórias da Cristandade contra os turcos...
Enquanto orador, pronunciou ao todo 5 orações: quatro de obediência e uma fúnebre. Aí Aquiles valoriza o espírito de Cruzada, em voga naqueles tempos, e as acções dos missionários em prol da fé cristã. Louva ainda o novo Papa.
Alcançou reputação elevada também enquanto filólogo, dada a sua especialidade na vertente linguística.
Em termos emocionais, seria um homem sereno mas vulnerável (também se queixava das suas amarguras).
 
 
 
Referências Consultadas:
 
 

sábado, 12 de outubro de 2013

A Exposição de Gonçalves Correia no Museu Casa do Arco (Vila de Frades)

Infelizmente, a afluência não foi tão significativa como era expectável. Apenas 29 pessoas compareceram na Exposição Rotativa. Foram oferecidos livrinhos sobre esta personalidade aos visitantes. Por isso, quem não apareceu, não soube o que perdeu. Mas o maior destaque vai mesmo para o Exmo. Sr. Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa que foi um dos que esteve presente na Casa do Arco, demonstrando mesmo simpatia e respeito pelo pensamento de Gonçalves Correia. É ainda possível que esta personalidade notável faça uma referência sobre esta exposição de Vila de Frades, no telejornal da TVI deste Domingo, onde assume um evidente protagonismo. Por isso, estejam atentos!
Resumindo agora um pouco a história de Gonçalves Correia, podemos dizer que este erudito nasceu em S. Marcos da Ataboeira (Concelho de Castro Verde) em 1886. Viveu um casamento feliz com Ana do Carmo, e por isso, teve 10 filhos na sequência dessa relação amorosa. Em termos ideológicos, começou por ser republicano, mas em 1911 (quando já tinha 25 anos), enveredou pelo anarquismo, embora numa vertente pacífica e extremamente liberal. Colaborou em diversos jornais. Criou a Comuna da Luz no Vale de Santiago, em Odemira, o que o aproximou também um pouco da visão comunista.
Por defender teorias polémicas no seu tempo, foi preso, por algumas vezes. Mesmo assim, a sua devoção pela liberdade, levou-o a apoiar as candidaturas de Norton de Matos e Humberto Delgado para as eleições Presidenciais de 1949 e 1958 respectivamente. Seria por isso também um alvo do Estado Novo.
Faleceria em Carnaxide, no ano de 1967.
Do pensamento de Gonçalves Correia, é de louvar a sua dedicação pela liberdade, igualdade económica, fraternidade, tolerância, justiça, naturismo. Defendia pois uma sociedade sem propriedade privada, salariato e poder político, acreditando que seria possível todos entenderem-se entre si e prestarem solidariedade mútua. 
Evidentemente, nos dias de hoje todo este pensamento não passaria duma utopia (isto é, desejo irreal), pois é necessária a existência de autoridades e duma hierarquia que assegurem o mínimo de ordem no País. Por isso, esta Exposição foi designada como - Gonçalves Correia - a utopia de um cidadão
Mesmo assim, decidi partilhar alguns dos pensamentos do autor, que considero os mais interessantes e que seguramente originariam muitas reflexões:


Carta a um Republicano

"Antes do 5 de Outubro, já o meu espírito pairava por outras regiões. Porquê? Porque compreendera já que isto de repúblicas e monarquias é coisa muito parecida. É certo que os olhos se me inundaram de lágrimas de alegria no 5 de Outubro. Mas é igualmente certo que essa alegria foi quase momentânea porque dias depois, horas depois, momentos depois do triunfo da rebeldia popular, já eu via o negro interesse pessoal a manchar os intuitos puríssimos dos idealistas"


O Casamento - Carta a uma mulher


"O Casamento! A grande comédia! A insigne imoralidade. Compare-se, compare-se o casamento, esse acto de submissão aos preconceitos sociais, com esse outro acto natural, digno, plausível, que é a união livre de dois seres que se querem e que o afecto prende. Como há-de aceitar-se o casamento sem pensamentos de revolta? E o casamento religioso? Esse então, muito pior do que o casamento civil! Pois haverá coisa mais irracional do que proclamar indissolúveis duas criaturas que amanhã, por questões de educação, de temperamento ou por quaisquer outros motivos, podem aborrecer-se?"


Maldita Guerra

"Quem lucra com as guerras? Os grandes! Quem perde? Os pequenos. 
Os endinheirados, sócios de fábricas de canhões, de correame, de metralha vária, os fornecedores de exército, são os parceiros que ficam sempre garantidos no jogo. Os pequenos ficam apodrecendo no campo negro das batalhas e agonizando dentro dos hospitais de feridos...
Maldita guerra! Malditas guerras! Oxalá que esta seja a última e que os homens do futuro, as criancitas de hoje, quando lhes entreguem as armas de rapina e do incêndio, possam e saibam dizer: "Este aço fabricou-se para o crime. Vai agora transformar-se em instrumentos agrícolas e industriais, coisas de que muito carecemos para a nossa felicidade".


Castigar ou Perdoar

"A Sociedade Burguesa fomenta este estado de coisas. O Estado mete na cadeia uma criança que rouba um pão. Não tolera. Não quer saber circunstâncias condutoras. O facto deu-se? Castigo! Cadeia! Vingança! O Estado tem a cadeia para castigar os que erram. Mas não tem escolas modelo para ensinar a vida honesta. (...) A sociedade burguesa não perdoa (...) O castigo fomenta o ódio. O perdão fomenta o amor. Perdoemos, pois (...). A nossa missão deve ser bem outra. Tem de ser esta: Perdoar os erros dos nossos semelhantes e procurar evitar que esses erros se repitam de futuro (...)"



4 Textos da autoria de Gonçalves Correia




Fotos da Exposição no Museu da Casa do Arco - Vila de Frades:








Apesar de só terem comparecido 29 pessoas, é verdade que o Museu foi recompensado com a visita inesperada e agradável do Exmo. Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, personalidade bem conhecida dos portugueses que poderá referir-se a Vila de Frades, no próximo telejornal de Domingo (TVI), onde tem uma participação especial! 





Referência a Consultar - BICHO, Francisca; VIEIRA, Conceição - Gonçalves Correia - a utopia de um cidadão. Beja: Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago/Câmara Municipal de Beja, 2013.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mais uma Exposição a não perder no Museu Municipal da Vidigueira


Ao contrário das datas pré-estabelecidas no cartaz, é necessário frisar que a galeria estará gratuitamente disponível até dia 31 de Outubro.
Direitos - CM da Vidigueira

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

IV Poema sobre a Vidigueira

A Gastronomia Vidigueirense
(Poema da autoria do Mensageiro da Vidigueira)


O vinho da Vidigueira é famoso,
Deveras deliciante
E saboroso,
Contagiando qualquer expectante!


Quero um copo cheio,
Para saudar o paladar,
E inspirar o meu paleio,
Estimulando a minha forma de raciocinar!


O pão é macio,
Irresistível e Imprescindível,
Ele constitui o invencível vício
Que me torna mais saudável!


Depois duma boa canja,
Segue-se uma apetecível sobremesa
Com uma redonda e conceituada laranja,
Cujo sabor é sempre uma agradável surpresa.


Sou declaradamente guloso,
Ou se preferirem, lambareiro,
Invisto na luxuosa gastronomia parte do meu dinheiro,
Embora não deseje ficar gorduroso!





Imagem nº 1 - Vai uma pinguita? Primeiro, sirvam-me um bom tinto! Mas não convém exagerar, pois poderão ficar com as faces avermelhadas!
Retirada de: http://pingasnocopo.blogspot.pt/2012/01/vidigueira.html



Pão no forno a lenha

Imagem nº 2 - O Mensageiro venera o Pão da sua terra! Mas não podemos abusar, pois podemos ficar com uma pança maior! eh eh eh
Retirada de: http://www.cm-vidigueira.pt/descobrir/pao



laranjas

Imagem nº 3 - As laranjas fazem muito bem à saúde. Vitamina C é muito bem vinda, e ajuda a evitar gripes nesta altura que se prevê mais fria.
Retirada de: http://www.cm-vidigueira.pt/descobrir/laranjas

Uma imagem que vale mais de 1000 palavras




Retirada do Grupo - Alentejanos no Facebook
(Carregar em cima para visualizar melhor)


Esta é uma fotografia datada de 1969 que espelha a existência duma barca que garantia a travessia humana entre os concelhos da Vidigueira e de Moura. O rio Guadiana constituía um obstáculo natural em termos de passagem terrestre, mas, por outro lado, estimularia ainda a prática pesqueira. 
Poderia ainda falar da paisagem envolvente, mas creio que deixarei isso para uma próxima.
O objectivo deste post é contemplar, com nostalgia, este momento que marcou a história dos dois municípios.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ermida de Santo António dos Açores


Através das suas características arquitectónicas, julga-se que esta ermida terá encontrado as suas origens nos inícios do século XVII. De acordo com José Palma Caetano, reza a lenda de que um Conde da Vidigueira terá prometido construir um templo, caso achasse um açor que lhe havia desaparecido. O referido açor teria sido encontrado num outeiro (lugar alto) perto da Vila e terá sido aí precisamente que se erigiu uma ermida que, por esse motivo, se chamou de Santo António dos Açores. Por seu turno, Túlio Espanca defende outro mito popular por detrás da criação deste templo. Segundo este último erudito, um Conde da Vidigueira, o qual seria um grande caçador, teria descoberto ninhos de açores naquela elevação, tendo alegadamente tal episódio dado origem ao nome da futura ermida.
Também as pinturas murais que a engrandecem parecem remontar ao período inicial já mencionado. Encontramos mesmo grandes painéis que representam os episódios da vida de Santo António, nomeadamente das suas pregações.
Em 13 de Fevereiro de 1700, é encomendado, aos mestres entalhadores António Antunes e Matias da Costa, um retábulo de talha dourada que infelizmente não se preservaria até aos dias de hoje.
A sua rica tradição popular poderia ser observada através de famosas romarias, ainda lembradas pelas pessoas mais idosas. Contudo, estas iniciativas desapareceriam, e a ermida ficaria praticamente ao abandono, o que só contribuiria para a sua degradação.
No ano de 1982, este santuário rural foi alvo duma reparação geral do edifício e da conservação parcial dos seus frescos, iniciativa da Junta de Freguesia de Vila de Frades.
Para além da invejável arte sacra presente no seu interior, a ermida conhece uma localização esteticamente apreciável. Encontra-se no alto dum monte, dominando a paisagem envolvente, é rodeada por um adro murado e tem ainda à sua volta antigas dependências das casas do ermitão e dos romeiros, praticamente degradadas. A perspectiva que se pode ter a partir desse monte é fascinante, permitindo a identificação de diversos pontos de referência nas povoações de Vila de Frades e Vidigueira, e até de outros concelhos limítrofes.


Referências: José Palma Caetano (Vidigueira e o seu Concelho, p. 232-234), Túlio Espanca (Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Beja), José Falcão e Ricardo Pereira (IHRU), Site da Junta de Freguesia de Vila de Frades.



Imagem nº 1 - A Ermida de Santo António dos Açores em Vila de Frades.
Retirada da Página do Facebook - Vila de Frades, Capital do Vinho de Talha / Site da Junta de Freguesia de Vila de Frades