quarta-feira, 16 de abril de 2014

A veia poética do vosso estimado Mensageiro!


Nostalgia dum adulto
(Poema da minha autoria)


Um dos sentimentos mais indescritíveis,
Que o homem premeditadamente anseia
Procurando no passado a sua própria epopeia
Onde viveu momentos únicos naquela vila ou aldeia!


Sítios em que nos chafurdávamos na lama,
Para além de outros divertidos e infinitos serões!
Os nossos avós preparavam carinhosamente as refeições
Incutindo tempos isentos de responsabilidade e drama!


Usufruíamos da máxima liberdade,
Pedíamos rifas para realizar eventos escolares!
Os vizinhos tratavam-nos com amabilidade,
Alguns até vinham a casa oferecer-nos chocolates e folares!


O convívio com os familiares mais envelhecidos,
E com os animais de estimação que nos fielmente acompanharam,
Neste período de moldagem social dos comportamentos enobrecidos
Que infelizmente, num fechar de olhos, cessaram!


Sinto simultaneamente a inevitável melancolia!
Ouço uma música céltica ou gregoriana
E assim sepulto o passado repleto de alegria,
Jamais revivido e somente recordado!


Saudades dos tempos de infância e aprendizagem!
Tantas boas amizades para trás ficaram,
A vida é um labirinto em que os caminhos descodificaram
A nossa identidade, digna ou não de homenagem!


Nostalgia e Melancolia,
Sentimentos nobres da era do Romantismo!
Altura de valorizar a glória do antigo brilhantismo,
Que encheu outrora a alma lusitana, agora à mercê da agonia!






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Desgraça de Poeta
(Poema da minha autoria)

Rediges uns meros versos
Para expressar os mais nobres sentimentos de alma,
E louvando os mistérios dos demais universos
Procurando assim a tua paz interior e calma!

Não há poetas de heranças monetárias!
És homenageado em pompa e circunstância
Depois de reduzido a vulgar esqueleto
E rodeado de larvas em abundância!

Uma sociedade que privilegia o banal,
E descarta os livros emblemáticos
Subvalorizando o essencial,
E cometendo equívocos literários e matemáticos!

Ó ilustre poeta que findas na miséria,
Perante um povo que te olvida
E que até nem se importaria
Se fosses desterrado para a Sibéria!

Cada estrofe vale migalhas!
Cada poema, meia dúzia de tostões!
Se fosses um jogador de futebol, milhares ou milhões!
Mas, com os pés, só cometes gralhas!

Também não és um deus grego,
Daqueles que ganham elevados ordenados
Para mostrar os seus sorrisos e corpos iluminados,
Nesse mundo da moda, onde a fama sai a qualquer labrego!

O Poeta só precisa do cérebro e coração,
Para amar, dedicar e recordar,
Um acto de raciocínio e devoção
Por uma arte que não dá lucros a ganhar!

É somente um exercício de reflexão,
Mantendo viva a chama da nossa língua portuguesa,
Elevando ao ponto mais alto, a nossa erudição,
E rimando embriagadamente com nobreza!





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A ruindade nas mulheres

(Poema da minha autoria)

Mulher ruim não engorda,
É o que dizem na minha terra!
Utilizam palavras cortantes como uma serra
Como se pertencessem a uma temível horda!

No seu estômago, reina a azia!
E por isso, não têm fome de gastronomia,
Mas sim de intenso protagonismo
Sorrindo sempre com o seu inseparável cinismo!

Há decerto inúmeras na minha região!
Elas são vaidosas e arrogantes!
Partem qualquer coração!
E entoam vozes discordantes!

Quando elas entram em cena!
É o primado da confusão e dos desmazelos!
Arrancam-se os cabelos 
Até, por vezes, voa uma pena!

Levantam o tom de voz,
Para demonstrar sua superioridade atroz,
Mas desprovidas da razão,
Eis que caem na perdição!

Deslocam-se aos supermercados,
E gastam rios de dinheiro,
Ignorando o tempo mensageiro
Que aconselha comportamentos poupados!

Elas têm sempre razão!
Quem negar tal evidência,
Pode necessitar de assistência
Porque leva em troca uma bofetada de antemão!

Confundem o dom da personalidade
Com a comum maldade!
Revelando um total descaramento
Desde o seu nascimento!

Ninguém atura o seu feitio!
Mais vale, fugir das suas garras,
Porque se caímos nas suas amarras
Jamais nos livraremos do fastio!


Poema a pensar nas mulheres mais intrigantes (este poema não foi feito a pensar em alguém em concreto), mas é claro que não podemos generalizar, até porque as mulheres ruins são casos excepcionais, felizmente. Também já redigi poemas a elogiar as virtudes e a beleza feminina. Na verdade, o que seria de nós, homens, sem elas!




2 comentários:

  1. Trata-se duma caricatura bem concebida, de um certo protótipo de mulheres que sempre existiram e continuarão a existir. parabéns.

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  2. Relativamente ao poema sobre "A desgraça do Poeta" é muito lindo e absolutamente verdadeiro.
    O primeiro de todos também, saudosista, muito belo.

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