De acordo com a acta do dia 11 de Junho do ano mencionado, a Ermida de São Sebastião encontrava-se apenas reduzida a um torreão, de proporções suficientes, para ser considerado, nesse documento, como uma ameaça à segurança pública.
Na altura, o Presidente da Câmara (e último da história do Município Vilafradense) era José Joaquim de Carvalho, contando ainda com a colaboração dos vereadores Manoel António Ferro, José Linhares, Sebastião José de Almeida e António Rodrigues Taborda. O administrador do Concelho era José Fialho Zorrio (este último nome merece ainda as minhas dúvidas até porque a letra não é fácil de decifrar paleograficamente e o nome aparenta não ser muito comum). Para além destes, existiam ainda os escrivães municipais, entre outros oficiais.
Haveria pois um problema por resolver, e que justificava algum alarme nos habitantes de Vila de Frades, concelho que na altura ainda albergava Vila Alva.
Entretanto, eis que Justino Maximo Baião Matoso, o célebre conselheiro e (futuramente) par do reino, decide mexer os cordelinhos, e compromete-se a demolir o torreão, exigindo em troca a utilização da respectiva pedra extraída para uma obra que estava a promover nas proximidades da Ermida citada, isto é, a nascente da vila. O seu pedido à entidade municipal foi aprovada em conformidade com os regimes administrativos da altura.
Derrubava-se assim o último testemunho desta ermida enigmática (cuja história é quase impossível de traçar) que já só estaria reduzida a esse torreão ermo. Para além de tudo isto, fica igualmente patente a influência de Justino Maximo Baião Matoso naquela região, exibindo as suas qualidades de bom regateador.
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