Poema XIV - A Ribeira do Freixo e a Ponte da Rivalidade
(Poema da autoria do Mensageiro da Vidigueira)
Um curso de água nasce na Serra do Mendro,
Desce triunfantemente até sul,
Brilha desde Janeiro até Dezembro,
Merecendo o respeito do supremo céu "azul".
Trata-se da Ribeira do Freixo,
Aquela mesmo que separa os larga o osso dos farrapeiros,
Ou melhor, os vaidosos dos orelhudos,
Colocando assim a rivalidade no eixo!
Corajosos aqueles que, noutros tempos, a atravessavam,
Quando tudo era alvo de discriminação,
Até ao vizinho as injúrias não poupavam,
O qual chegava a sofrer com episódios de humilhação.
A ponte, a tal que confere acesso às povoações,
Desdenhada pelos habitantes da Vidigueira e Vila de Frades,
É motivo agora de inúmeras cumplicidades,
Deixando, um pouco de lado, as antigas tribulações.
Mas a rivalidade ainda não desapareceu,
Apenas esmoreceu gradualmente,
Os mais idosos a recordam como uma fase histórica,
Embora esta não hipoteque as ancestrais ligações que prevalecem definitivamente.
Imagem nº 1 - A ponte encarada a partir do lado de Vila de Frades, a terra dos farrapeiros e orelhudos.
Imagem nº 2 - A ponte da discórdia, vista do lado da Vidigueira, a localidade dos larga o osso e vaidosos.
Imagem nº 3 - A ribeira do Freixo separa duas povoações históricas que ainda mantêm alguma rivalidade.
As fotos são todas da autoria do Mensageiro da Vidigueira que autoriza a sua partilha livre.
Partilhamos estas alcunhas típicas em jeito de brincadeira.
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