sexta-feira, 28 de março de 2014

Suspeitas de Feitiçaria em Vila de Frades

Boatos estão, neste preciso momento, a ser circulados e discutidos por alguns habitantes da localidade. Desconhece-se ainda se estes rumores têm algum fundo de veracidade. 
Mas uma coisa é certa - colocar velas só vai poluir mais o ambiente, pois quem acredita em feitiçarias, só está a perder o seu tempo com práticas fúteis.
Não vale a pena alimentar invejas ou ódios. A vida é para ser seguida em frente com paz, harmonia e amor. Se querem atingir algo de bom, proponho que consigam fazer o vosso melhor nesse sentido, e se precisarem, podem rezar e pedir ajuda divina, algo que eu também já fiz no passado.
Agora não acreditem que os seres humanos tenham poderes especiais... Acreditar em bruxas ou videntes, é a mesma coisa que crer em homens aranha, batman's e lobisomens!
Se existem bruxos com poderes, então desafio-os a tirarem-me a vida até hoje à noite! Como não conseguirão tal proeza, terão todos que me aturar até finais de Junho!




Imagem nº 1 - A Feitiçaria não resolve problemas. O período mitológico medieval já lá vai... As consciências devem despertar para a realidade científica do modernismo.



Em termos históricos, esta não é a primeira vez que a feitiçaria é documentada em Vila de Frades. Nos tempos da Inquisição, Manuel Fialho Rosquinho, escrivão de profissão e natural desta terra, foi preso em 1738, acusado de heresia e irreverência  por parte do Tribunal do Santo Ofício, mas não sabemos se de facto cometeu actos de "magia".
Menos sorte parece ter tido Leonor Gonçalves, natural da Vidigueira mas moradora em Vila de Frades, que foi acusada de feitiçaria, superstição e trato com o demónio. Foi detida em 1675, tendo sido ameaçada de tormento, contudo confessou as suas culpas (basta saber em que circunstâncias!). A data do seu auto de fé decorreu em 1683, embora desconheçamos se foi condenada à fogueira ou se conheceu uma punição mais leve.


Ficheiro:Pedro Berruguete Saint Dominic Presiding over an Auto-da-fe 1495.jpg

Imagem nº 2 - O Tribunal do Santo Ofício não perdoava qualquer desvio à fé católica, e esteve mesmo enraizado na Península Ibérica.
Quadro que retrata um auto de fé.


Processos e descrições consultadas no Site do Arquivo Nacional da Torre do Tombo:

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